21/07/2010

17º dia – 22/01/2010 – Sexta-feira

Machu Picchu
Acordamos às 5h da madrugada e chovia. O que fazer? Ficamos rolando um tempo na cama pensando no melhor horário para subir. Somente teríamos este dia para a visita então não nos restou alternativa. Descemos com a esperança de uma boa xícara de café, mas tivemos uma grande decepção com o café da manhã do hotel. Pegamos as máquinas fotográficas, as capas de chuva e saímos. Por sorte não havia fila e um micro ônibus estava pronto para subir a Machu Picchu. Achamos que com a chuva talvez a procura para subir a Wayna Picchu não seria tão grande e talvez conseguíssemos ainda senhas para o acesso. Impressão esta logo desfeita, pois não parava de descer um micro ônibus atrás do outro e comecei a fazer alguns cálculos. Subíamos num ziguezague interminável e quando encontrávamos outro micro descendo dava um arrepio. A estrada é muito estreita e nas curvas em cotovelo sempre um micro tinha que abrir espaço. Chegamos ao topo às 6h, horário em que abre o parque, mas o micro nem chegou próximo da entrada, pois a fila era enorme e o seu final estava bem longe dela. Descemos e tivemos que aguardar que a fila começasse a andar. Continuava caindo uma chuva fina que molhava bastante, fazia frio e para completar o cenário havia uma neblina densa. Chegamos à entrada após uma hora na fila, pegamos algumas informações sobre senhas para subir a Wayna Picchu e nos informaram que já haviam terminado. Resolvemos não entrar naquele momento e fomos tomar um café com leite para nos aquecermos enquanto esperávamos a chegada do nosso guia. Às 8h o guia se apresenta na entrada do parque conforme combinado e sugere separar o nosso grupo em dois, um que seria explicado em espanhol e o outro em inglês, o que tornaria a visita mais proveitosa e realmente foi. Depois de muita expectativa finalmente entrávamos em Machu Picchu. A neblina escondia totalmente a montanha de Wayna Picchu que sempre aparece majestosa em todas as fotos clássicas do santuário. Do santuário enxergávamos pouco. Então resolvemos acompanhar o guia e todas as suas explicações sem nos preocuparmos em tirar fotos e dedicaríamos um tempo após a visita guiada para fazer isto com calma e quem sabe a neblina já teria se dissipado até lá. Foram aproximadamente duas horas visitando os recantos do santuário, recebendo explicações e conhecendo um pouco mais da história do local. É impressionante a perfeição das construções, os encaixes das pedras, as terrazas em locais absurdamente inclinados. É inacreditável como construíam com toda esta habilidade em locais de tão difícil acesso. Somente estando lá para sentir a energia do lugar. E todos deveriam ter a oportunidade de conhecer esta maravilha pessoalmente. A chuva havia parado e a temperatura estava mais agradável. Fomos com o grupo até a entrada do parque e aproveitamos para fazer um lanche e repor as energias para percorrermos novamente o santuário agora que o tempo estava melhor. Pode-se entrar e sair do parque quantas vezes forem necessárias apresentando-se o ingresso, pois a infra-estrutura de sanitários e lanchonete fica bem ao lado da entrada. No retorno aproveitamos para colocar no passaporte o carimbo do Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu. Primeiro fomos à parte alta para as fotos clássicas antes que o tempo desse uma reviravolta, após fomos à ponte inca para depois descermos a parte mais baixa do santuário. Estávamos querendo fotografar tudo e nos demos conta que não havíamos parado ainda para simplesmente sentir o lugar. Foi o que fizemos por um tempo. Incrível! Ficamos passeando e curtindo até as 14h e 30 minutos. Reencontramos o casal Alex e Sandra da Colômbia que fizeram o passeio ao Canon Del Colca em Arequipa conosco, muito bacana vê-los novamente. Na meia hora final da visita o chuvisqueiro voltou e foi intensificando, mal dando tempo de chegar até a saída. Havia bastante fila para pegar o micro, pois a chuva veio com muita força espantando quem ainda estava no parque. Chegamos a Águas Calientes sem um pingo de chuva caindo. Passeamos pela cidade e descartamos a nossa ida as águas termais. Fomos até o hotel pegar nossos pertences e tomamos calmamente uma gostosa sopa. Quando nos dirigíamos à estação de trem passamos pelo rio Urubamba e nos impressionamos com a violência de suas águas. Achamos que era normal afinal estávamos no período das chuvas e nos últimos dias chovia quase que toda a noite. Aguardamos um pouco e às 18h embarcávamos no trem de volta a Ollantaytambo, muito cansados, mas realizados e felizes. Achamos estranho que o trem balançava muito mais do que na vinda, talvez a velocidade estivesse maior, pois parecia que sairia dos trilhos. Em Ollantaytambo um ônibus aguardava-nos para retornarmos a Cuzco e na praça da cidade a Rocio esperava para saber se tudo correra bem e nos colocou num taxi para voltarmos ao hotel. Chovia bastante em Cuzco e o taxista que pegamos acredito que tinha bebido algumas, pois numa esquina quase subimos na calçada, ele acelerava e freava meio descontrolado. Chegamos sãos e salvos ao hotel, um merecido banho e caímos na cama. Amanhã poderíamos dormir até mais tarde, pois tínhamos o dia livre para conhecer e curtir a cidade de Cuzco. Único compromisso agendado era pegar a moto na oficina.


3 comentários:

  1. Ufa!!!!
    Que escapada da chuva...
    Que realização...
    Beijo

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  2. Álvaro

    Apesar do mau tempo as fotos ficaram muito boas. Coincidência, mas as fotos que temos são muito parecidas, hehehe.

    Também não fizemos a subida à Wayna Picchu pois também chovia muito na manhã que havíamos pensado em subir. Talvez em uma próxima visita ou em uma próxima encarnação façamos esta subida.

    Um abraço e continuaremos acompanhando suas postagens.

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  3. Anônimo28/7/10

    Sensacionais as fotos!!!

    São imagens e relatos como estes que nos motivam a viajar, conhecer pessoas e lugares, por mais difícil que possa ser o acesso, seja ele de estradas ou finaceiros.

    A conclusão é sempre a mesma: VALE A PENA IR!

    Parabéns ao casal!

    José Carlos Schultz Pereira

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