30/12/2009

Divulgação do projeto NAS ASAS DO CONDOR no jornal Diário Gaúcho

Saiu hoje nno Jornal Diário Gaúcho, na coluna PLANETA MOTO publicada pelo jornalista e motociclista Renato Gava uma matéria sobre a nossa próxima viagem. Ficamos muito felizes e honrados com o apoio do Renato. Ficou muito legal.



Somente corrigimos uma pequena imprecisão: a cidade fantasma de Humberstone, citada na matéria fica no Chile e não no Peru.

20/12/2009

Os locais que visitaremos

Museo del CHE Guevara (Argentina): Localizado no município de Alta Gracia, a 36 km de Córdoba (AR), o museu do Che é um dos pontos que pretendemos visitar na viagem. Che Guevara, além de ser uma figura mítica pelos seus feitos como guerrilheiro revolucionário forjou sua personalidade através de viagens empreendidas pela América do Sul. Em uma destas, com sua motocicleta La Poderosa, viagem recontada no filme Diários de Motocicleta. O museu foi a casa de Che e está localizado na C. Avellaneda 501, e abre diariamente das 9hs às 19hs (20 hs no verão).

Ruínas de los Quilmes (Argentina): Ruínas do maior assentamento indígina pré-colombiano da Argentina. As ruínas de Quilmes estão espalhadas em uma área de 30 ha, na província de Tucuman, no Valle Calchaquí, Argentina. Pertencem ao povo Quilme, que lá viveu do século VII ao século XVII.

Quebrada de Cafayate (Argentina): Também conhecido como quebrada de las conchas, paisagem belíssima, que começa a nos apresentar ao deserto do Atacama, fica ao longo da Ruta 68, entre a cidade de Cafayate e Salta, a aproximadamente 1.600 m.a.n.m. Existem estudos apontando que a Quebrada de las conchas foi um importante caminho Inca, na antiguidade.

Museu MAMM (Museo de Arqueologia de Alta Montaña) (Argentina): Localizado na cidade de Salta, inaugurado recentemente (2004), com a temática relacionada as culturas que habitaram as montanhas antes da chegada dos espanhóis, com destaque aos incas. A idéia surgiu quando se descobriu, em 1999, um santuário inca no Vulcão Llullaillaco (6.739 m.a.n.m), em plena cordilheira dos andes, com três corpos de crianças em perfeito estado de conservação, que teriam sido ofereciadas como sacrifício em rituais religiosos. Além das múmias, conhecidas como as crianças de Llullaillaco, diversos outros objetos também encontrados no local estão sendo lá exibidos.

Cerro de los siete colores (Argentina): é uma montanha que em função de suas diversas colorações originárias do depósito de sedimentos marinhos e fluviais durante séculos impressiona pelo sua beleza. Localizada na cidade de Purmamarca. Estará entre o caminho de Salta a Susques.

San Pedro de Atacama (Chile): A famosa San Pedro de Atacama é uma pequena cidade chilena em pleno Deserto do Atacama. Localizada a 2.400 m.a.n.m, possui aproximadamente 5.000 habitantes. Em San Pedro poderemos visitar o Museu arqueológico Padre Le Paige rico em cerâmica atacamenha, múmias, tecidos, e objetos religiosos entre outros, a Igreja de San Pedro do início do século XVI, uma bonita contrução legada pelos antigos colonizadores espanhóis e Pukara de Quitor uma impressionante fortaleza do século XII no alto de um ingríme morro com uma bela vista do local e o centro artesanal de San Pedro do Atacama. Além destes locais situados na cidade de San Pedro, visitaremos as atrações do seu entorno, como os Geyser del Tatio, povoado de Machuca, Vale de Luna, Vale de la Muerte e as Lagunas Miscanti e Miñiques.

Geyser del Tatio (Chile): O maior campo de geyser(s) do hemisfério sul, localizado a 4.320 m.a.n.m, correspondendo a 8 % do que existe no mundo. Em seu ponto de ebulição a água é expirada a uma temperatura de 86 C°.  De San Pedro até os geyser roda-se 200 km entre ida e volta. A saída ocorre pela madrugada, por volta das 4:00 hs, com chegada as 7:00 hs. Este horário possibilita vermos os geyser em errupção, que com a temperatura perto de 0 C° compõe um cenário inusitado em função da intensa evaporação da água expelida pela terra. Em uma extensão de 3 km quadrados, situa-se 40 geyser(s), 60 termas (em algumas permite-se o banho termal) e 70 fumarolas. Os geyser chegam a expelir água a uma altura de 10 metros.

Povoado de Machuca (Chile): No retorno do passeio aos geyser del Tatio, conheceremos o minúsculo povoado de Machuca a 4.000 m.a.n.m. Seus somente 9 habitantes moram em casas de Abode, em pleno deserto, e vivem do turismo vendendo as suas produções de queijo. Lá, além de conhecermos a forma de vida deste povo, comeremos espetinhos de Lhama e poderemos avistar a laguna salada, onde vivem milhares de flamingos, animais estes, ameaçados de extinção.

Vale de La luna (Chile): Vale de origem vulcânica, que se assemelha a superificie lunar, embora seja uma das regiões que mais apresenta espécimes vegetais e animais do deserto do Atacama. Localiza-se a 19 km de San Pedro em plena cordilheira do Sal e ao lado do Salar Atacama. Está a 2.300 m.a.n.m. Sua origem remonta a mais de 22 milhões de anos. Local de rara beleza.

Vale de la Muerte (Chile): Tem este nome em função da quase não possibilidade de vida neste local. Apesar da inospidez, é uma paisagem de rara beleza, com esculturas naturais com as mais variadas colorações pelos minerais (sal e cal) lá depositados. Está a 2 km de San Pedro.

Lagunas Miscanti e Miñiques (Chile): A laguna Miscanti têm superfície de 15 km quadrados e está a uma altura 4.200 m.a.n.m., Já a laguna Miñiques possui 1,5 km quadrados e está a uma altura de 4.195 m.a.n.m. As lagunas Miscanti e Miñiques são parte integrante da Reserva Nacional Los Flamencos. A região fica situada a 110 Km ao sul de San Pedro de Atacama e a 28 Km ao sudeste do povoado de Socaire. A paisagem da área é destacada pelos vulcões Miscanti e Miñiques que junto aos cordões montanhosos de Puntas Negras, Chuculaqui e Chaique dão forma as bacias que resultam nas lagoas. A laguna Miscanti recebe água da infiltração subterrânea das chuvas, de vertentes termais e das chuvas de verão, já a Miñiques recebe água subterrânea e da sua vizinha Miscanti.

Minas de Chuquicamata (Chile): Considerada a maior mina ao céu aberto do mundo. É anualmente visitada por mais de 35.000 pessoas. A Mina possui 4,3 km de comprimento, 3 km de largura e 825 metros de profundidade e impressiona a seus visitantes. Localizada a 15 km de Calama e 245 km de Antofagasta em pleno deserto Atacamenho, no Chile. Foi também um dos locais visitados por Che Guevara em suas andanças de moto pela américa. Lá ele tomou conhecimento das condições precárias em que viviam os trabalhadores da mina. A Codelco acelerou o desenvolvimento de sua seção norte (Codelco Norte), da qual Chuquicamata depende, para elevar a produção das três minas de Atacama de 900.000 toneladas por ano (65% da produção do grupo Codelco) para mais de um milhão de toneladas ao ano. O Cobre extraído é exportado para China. Não há temores de que o cobre se esgote: as concessões administradas pela Codelco Norte cobrem uma extensão de 60 km de comprimento por 35 de largura. De acordo com o diretor de inovação tecnológica em Chuquicamata Norte, Leonardo Cornejo Figueroa, trata-se do maior potencial do mundo, "com mais de 17 bilhões de toneladas de recursos geológicos, com 3,5 bilhões de toneladas de reservas verificadas". Isso significa que em 90 anos de exploração de Chuquicamata, apenas um terço do cobre da área terá sido extraído.

Cidade Fantasma de Humberstone (Chile): A 50 km de Iquique, com acesso pela ruta 40, Humberstone nos anos 40 chegou a ter mais de 4.000 habitantes. A cidade nasceu e se desenvolveu em função da extração de salitre. Na década de 60, em função da criação do salitre sintético, a empresa que explorava o minério fechou e a cidade, composta de trabalhadores da mineradora fechou. Se transformou em cidade fantasma e ainda hoje se conserva na forma original. A cidade-museu foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO em 2005. Eu que curto este tipo de local, vou gostar muito de conhecer Humberstone.

Canion del Colca (Peru): Com produndidade de 3.400 metros e 100 km de extensão, o Colca é um dos cânions mais fundos do mundo, junto com o vizinho cânion deo Cotahuasi (este sim o mais profundo com 3.535 m). O vale era habitado pelos povos cabana e collagha há quase 2 mil anos, os quais construíram um sistema de terraços que cpatava a água da neve derretida dos vulcões. O Canion del Colca está a 150 km de Arequipa. A nossa intenção ao visitar o Cânion é avistar o vôo dos Condores;

Linhas de Nazca (Peru): As linhas de Nazca são geóglifos de dimensões enormes, desenhados no deserto de Nazca. Suas figuras somente podem ser vistas se sobrevoado a região. Diversos são os desenhos estilizados e característicos, entre eles os Condor reproduzido em nosso adesivo. Nós sobrevoaremos a região para ver estas incriveis criações dos povos de Nazca, feitas conforme estudiosos entre III a.c  a VIII d.c. As linhas de Nazca estão localizadas a 20 km ao norte da cidade de Nazca. As linhas de Nazca reforçaram a tese dos estudioso Erik Von Deniken que eram os Deuses astronautas, título seu livro.

Ollantaytambo (Peru): Considerada a cidade inca ainda viva, pois o seus descendentes ainda vivem nela e preservam seus costumes e tradições. O nome da cidade faz referência ao general Ollanta, que se apaixonou pela filha do 9° governante de Pachacútec. Esta cidade foi responsável pela maior vitória dos Incas sobre os espanhóis durante a conquista. A cidade esta localizada a 60 km a noroeste da cidade de Cuzco a uma altitude de 2.792 m.a.n.m.

Machu Picchu (Peru): A cidade perdida dos Incas localizada no vale do Rio Urubamba. É a nossa meta imaginária da viagem. Após conhecê-la, iniciamos nosso percurso de retorno. Machu Picchu, que em quíchua significa "a velha montanha", está localizada no seu topo a 2.400 m.a.n.m. É sem dúvida umas das atrações mais famosas da américa latina e guarda ainda a originalidade de sua fundação, pois não foi saqueda pelos espanhóis, que felizmente não a encontraram. Foi descoberta somente em 1911 pelo arqueólogo americano Hiram Bingham. Ainda há divergências sobre a finalidade desta cidade: foi um local de culto aos deuses ou fazenda do nono imperador? Machu Picchu está distante 110 km de Cuzco e deve ser alcançada de trem a partir desta cidade até Águas Calientes e dali de de van até seu o sítio arqueológico (Existem outras formas de chegar lá como pela famosa trilha inca de a pé, durante 4 dias = está ficará para uma próxima).

Pisac (Peru): A 33 km de Cuzco é uma cidade mista em termos de influência, evidenciada por sua arquitetura. Parte dela é Inca, e parte é colonial. Nas Ruínas de Pisac podemos ver edifícios militares, residenciais e religiosos, de arquitetura Inca. O componente central deste sítio arqueológico é o Templo del Sol, um observatório astronômico, o Templo de la Luna, complexo de termas cerimoniais, e o Intihuatana, que traça os movimentos do sol.

Sacsayhuamán (Peru): Exemplo da arquitetura militar Inca, Sacsayhuamán foi construído para ser proteger o império Inca de tribos invasoras. Está localizado a 2 km de Cuzco. Suas enormes muralhas, construídas em terraços e dispostas em ziguezague se estendem por mais de 300 metros, com pedras de mais de 5 metros de altura, algumas pesando mais de 350 toneladas. Nenhuma argamassa era usada para preencher as pedras. Perfeitos eram seus encaixes. Ao projetar Cuzco os Incas a imaginaram com a forma de Puma, sendo que Sacsayhuamán representava a cabeça e seus muros dentados as presas do felino. Foi destruida pelos espanhóis que a transformaram em uma pedreira, retirando muito de suas pedras para construção das igrejas e outros prédios em Cuzco.

Cuzco (Peru): Cuzco é a capital da província de Cuzco e possui 300.000 habitantes. Será a nossa base durante os três dias que exploraremos a região (algumas pessoas nos alertam para o fato de ser pouco o número de dias que programamos para a região, dado a quantidade de atrações que existem por lá = concordamos, porém...). Cuzco, que está a 3.400 m.a.n.m, no idioma quíchua, significa umbigo, por isto o nome a alusão de ser esta uma viagem ao Umbigo do Mundo. Os Incas, entendiam que Cuzco, um dos mais importantes centros administrativos e culturais do império Inca era o umbigo do Mundo. Calcula-se que Cuzco tenha sido construída entre o século XI e XIII pelo Imperador Manco Capac em destruída em 1532, pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro, que construiu templos católicos sob as ruínas das impressionantes construções incaicas. Cuzco foi declarado patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983. Nesta cidade poderemos visitar o Museo de Arte Religiosa, o Museo Inca, Museo Santa Calina, Iglesia La Merced, Iglesia de La Compañia, La Catedral, Paza de Armas, Museo de Arte Pré-colombino, Calle Hatunrumiyoc, Bairro San Blas, Museo de história regional, enfim..., Certamente será inesquecível nossa estada em Cuzco.

Lago Titicaca (Bolívia): Além de conhecermos o lago mais alto do mundo com 8.300 km quadrados a 3.821 m.a.n.m, queremos conhecer as ilhas artificiais de Uros, ilhas de palha, habitado pelas populações descedentes dos Incas, denominadas também de Uros. O Titicaca tem uma profundidade média de 140 a 180 m, e no seu ponto mais profundo 280 m. É formado pelas águas da chuva e do degelo da cordilheira dos Andes. Parte do lago encontra-se em território Peruano e parte em território Boliviano.

Carretera de la Muerte (Bolívia): Considerada a estrada mais perigosa do mundo. Este título é decorrente de suas características: via estreita e irregular, encravada em encostas montanhosas quase verticais, chega a ter declives de mais de 3.500 metros ao longo de aproximadamente 64 quilômetros. Alguns trechos da estrada não passam de três metros de largura. A cada ano, dezenas de veículos despencam da estrada por abismos que podem ter mais de 1.000 metros de queda livre, causando centenas de morte. A estrada liga La Paz a Coroico. O que também precisa ser dito é que a carretera de la muerte é uma das estradas mais lindas do mundo. Precisamos ainda criar coragem para percorrê-la. Estamos por decidir se iremos percorrê-la de moto.

Salar Uyuni (Bolívia): Maior salar do mundo com 12.000 km quadrados, portanto ainda maior que o Lago Titicaca. Estima-se que o Salar contenha 10 bilhões de toneladas de sal. 25.000 toneladas são extraídas anualmente. Está localizado no departamento de Potosi e Oruro na Bolívia. Alcançaremos o Salar de trem em uma viagem que partirá de La Paz com destino a Oruro e dali através de empresas que fazem passeios, visitaremos alguns pontos turísticos e famosos do Salar, como o hotel de sal (desativado), a ilha de cactos gigantes e lagos com os flamingos alaranjados. Neste período do ano o Salar, em função das chuvas possui uma lâmina d'água em toda sua extensão não podendo ser atravessado de veículo.

Vulcão Sajama e lago Chungará (Boívia e Chile): Na verdade avistaremos este vulcão, localizado na Bolívia, de longe, ao retornarmos de Oruro a Arica. No lado Chileno, avistaremos o lago Chungará.

Mano del Desierto (Chile): Outro destino mítico dos motociclistas. 11 entre 10 motociclistas se deslocam até este monumento, no meio do deserto. O monumento, que reproduz uma mão saído da terra é do escultor chileno Mário Irarrázabal inaugurado em 28 de Março de 1992 e está localizada a 75 km de Antofagasta (CH).

Los Caracoles (Chile): Los Caracoles nada mais é que uma rodovia sinuosa que transpõe a Cordilheira dos Andes. Quem vem do Chile deverá primeiro subir os Caracoles para então chegar ao Paso Libertadores (Têm este nome em função de uma estátua que imita o Cristo Redentor). São 670 quilomentros de desnível entre o seu início e o topo. Após vencer os Caracoles e os trâmites aduaneiros no referido paso, entramos na Argentina, após atravessar o túnel que separa estes dois paises com o comprimento de 3 km.

Puente del Inca (Argentina): Já na Argentina, veremos a Puente del Inca, formação natural sobre o Rio Las cuevas, onde existia um luxuoso hotel com banheiras para banhos termais. O Hotel foi destruído por uma avalanche nos anos 60, sobrando intacto somente a pequena igreja do local.

O espírito da viagem



Sempre que motoviajantes empreitam suas viagens, é tradição, a criação de uma marca que se transforma em adesivo, destribuído a amigos, interessados e colecionadores e afixada em locais característicos de paradas dos motoviajantes durante o percurso. Tradição muito bacana e que registra nossa passagem e nosso carinho por todo o processo preparatório e executório da viagem. Criar uma marca é também uma viagem. O adesivo da viagem "Nas Asas do Condor - Uma viagem ao Umbigo do Mundo" na minha modesta opinião ficou muito bacana e contém muito significado, desde o título às imagens que compõe a logomarca.

O que queremos transmitir com esta composição de título e imagens:

1°) A nossa intenção era identificar o local através de um ícone que pudesse traduzí-lo. Escolhemos o Condor de Nazca (uma das figuras mitológicas gravadas no deserto de Nazca e somente vista sobrevoando o local). Aliás figuras estas que inspiraram o livro de Erik Von Deniken, Eram os Deuses Astronautas.

2°) As linhas de Nazca representam todo o mistério que os locais que visitaremos contém. Quem eram os povos destes locais que criaram, construíram e nos legaram tanta beleza e grandiosidade? Quem eram estes povos tão evoluídos? ...Que dominavam a astrologia e a matemática como ninguêm?

4°) Cuzco é considerado pelos Incas, o Umbigo do Mundo. Por isto Uma viagem ao Umbigo do Mundo, um dos destinos desta aventura. No ano anterior alcançamos o fim do mundo. Agora vamos ao Umbigo do mundo;

3°) O Condor identifica o espírito do motoviajante. Livre, voa alto, contempla o mundo sob uma outra perspectiva, conhece locais remotos onde poucos vão. Um aventureiro solitário, assim somos nós, muitas vezes incompreendidos. Porque se submeter a tanta adversidade? Nem nós sabemos a resposta;

4°) Nós vamos pegar carona Nas Asas do Condor, buscando alcançar os sonhos com o céu por detrás, assim é o motociclista viajante: Voa Condor, que a gente voa atrás, com sol, vento e o céu por detrás em busca de um sonho. Talvez de forma involuntária Osvaldo Montenegro, com a sua música traduziu o espírito do motovijante. A música virou tema de nossa aventura;

Portanto, mistério, desconhecido, liberdade, sonho, inusitado, adversidade, história e aventura, tudo isto a bordo de nossa motocicleta Falcon (Falcão), em busca do espírito do Condor. De alguma forma foi isto que tentamos expressar com esta logomarca. Espero que tenham gostado.

Percurso da Viagem

Após muita discussão e dúvida quanto ao melhor percurso a fazer, pois são muitos os locais maravilhosos a serem visitados, porém embretados pelo limitador tempo, optamos pelo roteiro descrito abaixo, que totalizará 11.241 km (Distância a ser percorrida somente de moto). Infelizmente tivemos que retirar da programação a volta pela Interoceânica (popularmente chamada de Transocêanica), entrando no Brasil pelo Acre (ficará para uma próxima: infelizmente será percorrida em asfalto (meu desejo era conhecê-la ainda off-road)).

Talvez o roteiro ainda ganhe modificações. Também ao executá-lo durante a viagem, ele poderá sofrer adaptações. Um roteiro é um guia inicial e não uma obrigação. O gostoso de uma viagem é também tomar decisões no decorrer dela.

1°   dia - 634 km = Porto Alegre à Uruguaiana - (634 km percorridos) - Brasil;
2°   dia - 610 km = Uruguaiana à San Francisco - (1.244 km percorridos) - Argentina;
3°   dia - 362 km = San Francisco à Villa del Totoral- (1.606 km percorridos) - Argentina;
4°   dia - 507 km = Villa del Totoral à Tafi del Valle - (2.113 km percorridos) - Argentina;
5°   dia - 312 km = Tafi del Valle à Salta - (2.425 km percorridos) - Chile;
6°   dia - 314 km = Salta à Susques - (2.739 km percorridos) - Chile;
7°   dia - 281 km = Susques à São Pedro de Atacama - (3.020 km percorridos) - Chile;
8°   dia -   0 km = San Pedro Atacama (passeio geyser del tatio) - Chile;
9°   dia -   0 km = San Pedro Atacama (passeios lagunas e Vale da lua) - Chile;
10° dia - 522 km = San Pedro de Atacama à Iquique - (3.542 km percorridos) - Chile;
11° dia - 370 km = Iquique à Tacna (3.912 km percorridos) - Peru;
12° dia - 363 km = Tacna à Arequipa (4.275 km percorridos) - Peru;
13° dia -  0 km = Arequipa (Passeio ao Canion del Colca) - Peru;
14° dia - 561 km = Arequipa à Nazca (4.836 km percorridos) - Peru;
15° dia - 461 km = Nazca à Abancay (5.297 km percorridos) - Peru;
16° dia - 200 km = Abancay à Cuzco (5.497 km percorridos) - Peru;
17° dia -  0 km = Cuzco (passeio à Ollataytambo) - Peru;
18° dia -  0 km = Cuzco (passeio à Machu Picchu) - Peru;
19° dia -  0 km = Cuzco (passeio à Sacsayhuamán e Pisac);
20° dia - 528 km = Cuzco à Copacabana (6.025 km percorridos) - Bolívia;
21° dia - 110 km = Copacabana à La Paz (6.135 km percorridos) - Bolívia;
22° dia -  0 km = La Paz (Percorrer a Estrada da Morte) - Bolívia;
23° dia - 220 km = La Paz à Oruro (Uyuni - trajeto de trem) (6.355 km percorridos) - Bolívia;
24° dia -  0 km = Uyuni à Oruro (trajeto de trem) - Bolívia;
25° dia - 536 km = Oruro à Arica  (6.891 km percorridos) - Chile;
26° dia - 723 km = Arica à Antofagasta (7.614 km percorridos) - Chile;
27° dia - 613 km = Antofagasta à Copiapó (8.227 km percorridos) - Chile;
28° dia - 776 km = Copiapó à San Felipe (8.993 km percorridos) - Argentina;
29° dia - 717 km = San Felipe à Rio Quarto (9.710 km percorridos) - Argentina;
30° dia - 897 km = Rio Quarto à Uruguaiana (10.607 km percorridos) - Argentina;
31° dia - 634 km = Passo de Los Libres à Porto Alegre (11.241 km percorridos) - Brasil;

Para o retorno temos uma outra alternativa que poderá ser utilizada em função do tempo ou de nossas condições físicas:

Volta pelo Chaco. Diretão, com o mínimo de parada (diminui a quilometragem e os dias de viagem). Alternativa a ser utilizada somente em caso de escasses de tempo. O roteiro sofre alteração à partir de Arica (26° dia da viagem). Rodaremos 9.897 km de moto.

14/12/2009

Nas Asas do Condor - Uma viagem ao Umbigo do Mundo



Este link, na forma de blog, pertencente ao nosso blog principal Álvaro e Adelaide Mundo afora e foi criado para compartilharmos a nossa nova aventura, denominada: Nas Asas do Condor - Uma viagem ao Umbigo do Mundo

Estaremos, na sequência, e na media do possível, registrando aqui o projeto da nova viagem para servir também de inspiração e apoio a outros motoviajantes, fazendo um um esforço para que esta informação esteja acessível e devidamente organizada.

No decorrer da viagem, também na medida da possíbilidade, estaremos registrando e relatando, mesmo que de forma rápida, as impressões dos locais por onde passamos.

Inauguramos o blog com a música tema e que inspirou o título desta nova empreitada e reproduzimos o seu refrão, que talvez ajude a explicar o que significa esta viagem:

Quando voa o condor, com o céu por detrás, traz na asa um sonho, com o céu por detrás, voa condor, que a gente voa atrás, voa atrás do sonho, com o céu por detrás.

13/12/2009

Traz na asa um Sonho



Quando voa o condor
Com o céu por detrás
Traz na asa um sonho
Com o céu por detrás
Voa condor
Que a gente voa atrás
Voa atrás do sonho
Com o céu por detrás

Quando voa o condor...

Ah, que que o vôo do condor no sol
Trace a linha da nossa paixão
Eu quero que seja
mostrada no meio da rua e rolando no chão
Ah, que a gente despedaçe em luz
Ah, que Deus seja o que quiser
Explode a cabeça
com olho de bicho
mas com um coração de mulher

Quando voa o condor...

Ah, se fosse como a gente quer
Ah, e se o planeta explodir
Eu quero que seja
em plena manhã de domingo
e que eu possa assistir
Ah, que a miserável condição
da raça humana procurando o céu
levante a cabeça
e ao levantar por encanto
escorregue o seu véu

Quando voa o condor...